Hallo, Leute! 🙂

Hoje queria retomar um pouco um tema importante, principalmente para o ínicio do semestre: as frases chaves, a repetição e as ferramentas linguísticas.

Algumas vezes a gente se atrapalha para se comunicar em outra língua, não é mesmo? Está lá no meio de um papo, super empolgado, e aí … puffff! Faltam as palavras, a estrutura, e a gente fica com cara de tacho, brigando com o cérebro pra falar o que quer. Ou então, se não tem tanta familiaridade com a língua, quer dizer algo simples, básico, mas não sai, não conhece as palavras que quer, fica mudo olhando pro ar, brigando com o cérebro para falar o que quer. Na hora da prova oral, a mesma coisa … a briga com o cérebro para falar o que quer …

Então, aqui vai a minha dica de hoje, parem de brigar com o cérebro “pra falar o que quer”. Porque muitas vezes, a briga com o cérebro é apenas em decorrência da estrutura daquela língua ser diferente – não se fala assim, simplesmente!

Vou dar um exemplo aqui meio rídiculo – não se fala em alemão “eu vou ao bebedouro rapidinho” – lembrei disso, porque um amigo alemão achou muito engraçado que a gente falava assim – em alemão você diria que vai beber água, ou que já volta, que está com sede – mas não que vai ao bebedouro. Alemão também não usa diminutivo que nem a gente – não é comum falar – Paulinha, Rafinha, Dudinha, menininho, cachorrinho, rapidinho … isso é coisa de brasileiro.

Outro exemplo engraçado é que cotidianamente nós brasileiros comunicamos ao nosso interlocutor que a gente vai tomar banho (reparem, todo mundo faz isso). “Vamos sair?” “Sim, me dá 10 minutos, vou tomar um banho e a gente vai” (soou familiar?) – na Alemanha você iria marcar um horário e dificilmente iria marcar algo em cima da hora … simplesmente, não se fala assim, não se age assim…

Quando a gente aprende uma língua estrangeira, tenta aprender o “jeito que se fala as coisas” e não só estruturas gramaticais e vocabulário, mas também o modo como aquela cultura “costura as palavras”.

Imaginem que cada cultura é um alfaiate, eles podem até ter as mesmas cores de linha, uma tesoura, um lugar de trabalho parecido, tecidos, mas o modo como cada alfaiate costura é único (mas muitas vezes similar). Assim são as línguas estrangeiras.

Mas Teresa, o que fazer se eu só sei “brigar com o cérebro” pra tentar dizer o que eu quero???

Aqui algumas dicas para facilitar a vida:

  • Tentem se lembrar das aulas, das frases dos personagens dos livros, a ideia de todo livro didático é que os alunos copiem de certo modo aquelas estruturas, se apropriem delas.
  • Fiquem de olho no “jeitão” que se diz as coisas em alemão, nas diferenças culturais, nas diferenças de vocabulário, façam anotações.
  • Abram mão de falar exatamente o que querem – não conseguiu falar de um jeito? – fale de outro, utilize outro vocabulário, faça outra frase, explique. (Dica valiosa pra prova) – Ah, e não precisa ficar o tempo todo informando ao seu interlocutor que você não está dizendo exatamente o que quer, isto pode ser confuso!
  • Anotem as frases chave, vocabulário chave, estrutura chave de cada tema – cada tema tem suas próprias ferramentas linguísticas.
  • Repitam essas frases chaves até a exaustão – deem um jeito de utilizá-las em diferentes contextos. A repetição é o que vai permitir a fluência, que a frase saia sem pensar.

Muitos alunos acham que o que eles aprendem no A1 é super básico, que eles tem que falar de outro modo quando mudam de nível. Isto é, em parte, verdade, porque você aprende mais formas de se comunicar, mas ninguém vai mudar o jeito de perguntar – Wie heißt du? Woher kommst du?, etc.

Aquilo que vocês aprendem desde os níveis mais básicos é o modo como se fala em alemão – o que irá mudar é a complexidade dos temas, entendem?

Aqui algumas perguntas/ frases úteis para a sala de aula (e para a vida):
Was bedeutet das? Was bedeutet …? (O que signfica isso? /O que significa …?)
Was ist das? (O que é isto?)
Wie sagt man … auf Deutsch? (Como se diz … em alemão?)
Wie schreibt man das?/ Wie schreibt man …? (Como se escreve isto? Como se escreve …?)
Wie spricht man das aus? (Como se pronuncia isto?)
Ich habe eine Frage. (Tenho uma pergunta)
Ich habe das nicht verstanden. (Não entendi)
Ich brauche … (Eu preciso de …)
Ich suche … (Estou procurando …)
Ich möchte … (Eu quero …)
Langsam, bitte (Devagar, por favor)
Bis bald! / Bis gleich! (Até breve)
Danke! (Obrigada/o)
Vielen Dank (Muito obrigada/o)
Was müssen wir machen? (O que a gente deve fazer?)
Schönes Wochenende! (Bom final de semana!)
Bis Donnerstag/Freitag/… ! (Até quinta/ sexta/…!)

Ah, e antes de toda aula, tente pensar um pouco o que você poderia contar para a professora e os colegas sobre sua semana, sobre o que aconteceu no seu dia (se precisar de ajuda com o passado, dá uma olhada no último post!)

Boa semana e até a próxima!
Teresa