Diário de viagem:  por que uma imersão faz toda diferença?

Por Anderson Falcão

Moin, moin! Estou de volta para compartilhar com os leitores do blog do Goethe-Zentrum Brasília um pouco das experiências de aprender alemão em Hamburgo, cidade que a cada dia me fascina mais. Pra começar, vou explicar para quem não conhece – como era o meu caso – esse cumprimento com o qual abri o texto: “Moin” é a forma como os alemães de algumas regiões do norte do país dizem “olá”, ou seja, uma saudação muito corriqueira e um pequeno exemplo de como podemos descobrir com mais facilidade as particularidades do idioma quando estamos por aqui.

Na verdade, em uma experiência de imersão como essa, ficamos cercados o tempo todo por novas palavras e expressões. Nosso olhar, nossa escuta, muito mais aguçados, não querem deixar passar nada: um anúncio publicitário, um aviso no metrô, ou até uma conversa entre nativos que acontece na mesa ao lado. O contato com o idioma real, espontâneo, “pra valer” é muitas vezes desafiador, mas, com o passar do tempo, nossas habilidades de compreensão e interação dão saltos significativos.

Esse progresso, naturalmente, também é resultado da intensa prática do idioma em sala de aula. No curso intensivo, tenho aulas no Goethe-Institut de segunda à sexta-feira, durante mais de quatro horas diárias. A forma de ensinar alemão conhecemos bem, uma vez que o Goethe-Zentrum Brasília está em total consonância com os métodos utilizados aqui: muitos exercícios, leituras, conversação, produção escrita, escuta, entre outros. Os professores se mostram muito abertos a incorporar sugestões e adaptar o programa para as necessidades e desejos dos alunos de cada turma.

Biblioteca Goethe-Institut Hamburgo

Outro ponto que me chama bastante atenção nas aulas é que elas estão repletas de dicas e estratégias para se aprender alemão de maneira mais eficaz. A ideia é não apenas preparar os alunos para provas de proficiência, mas também ajudá-los a driblar os obstáculos e dificuldades do idioma. Para isso, claro, também é importante praticar em casa e fixar os novos aprendizados. Dá pra perceber que fazer um curso intensivo é muito diferente de viajar de férias, né? Mas, não se preocupe. Basta se organizar que a gente consegue conciliar tudo. Aliás, o programa preparado pela equipe de cultura ajuda muito nesse sentido.

Aqui em Hamburgo, o time cultural é cem por cento feminino e composto por seis profissionais. Os programas são muito variados e incluem visitas a pontos turísticos, passeios culinários, viagens a cidades vizinhas e os famosos „Stammtisch“, ou seja, encontros em bares ou restaurantes onde os alunos se encontram para bater papo (em alemão, claro!) e descobrir os sabores da cidade.

Antes de finalizar esse texto, quero ressaltar um ponto muito importante. Para mim, uma cidade significa, acima de tudo, as pessoas que encontro nela. E uma das grandes vantagens do curso é que ele facilita esses encontros. Apenas na minha turma, conheci gente muito querida da Coreia do Sul, dos Estados Unidos, da Finlândia, da Índia e por aí vai.

Alunos Goethe-Institut de diversos países, como: Coreia do Sul, Estados Unidos, Finlândia, Índia e do Brasil, claro!! rsrs..

Se considerarmos todas as turmas de janeiro, são 34 países representados pelos alunos presentes. Quer saber qual país tem mais estudantes nesse momento? Isso mesmo, o Brasil! Somos oito. Mas garanto que entre nós os papos são todos em alemão!

Agora é com você: que tal entrar pra esse grupo de estudantes brasileiros aqui em Hamburgo? 😉

Até mais! Bis dann!