Hallo, Leute!

Hoje vou falar um pouco sobre algumas coisas curiosas da cultura alemã, do jeitão alemão de ser (aos meus olhos, ok?!). Afinal, aprender uma língua é muito mais do que estudar gramática e vocabulário, mas também é saber as regras de convivência, compreender o que é “o normal” para aquela cultura.

Estudar um idioma é apreender uma cultura no sentido mais amplo do termo.

 

Fiquem sempre de olho nas diferenças culturais, no modo de agir ou falar, para evitar micos futuros.

Vamos ao que interessa! Fiz uma lista de 10 pequenas diferenças culturais que acho interessantes:

  1. Os alemães têm uma fama de serem frios ou distantes, mas na realidade isto não é bem assim … Os alemães tem um jeito linguístico de indicar o nível de intimidade que temos com nosso interlocutor, os portugueses e os franceses também fazem isso – o “du” para pessoas da família e amigos, o „Sie“ para pessoas que você não conhece ou do trabalho. Na Alemanha há uma espécie de “ritual” onde a pessoa te autoriza a chamar por “du” (você) – normalmente ou a pessoa te autoriza, ou um dos dois pergunta se pode chamar de “du”. Então, se vocês estiverem no restaurante, no hotel, conversando com o professor da faculdade, ou pedindo informação na rua, a não ser que você esteja falando com uma criança, o pronome a ser usado é o SIE.
  2. Os alemães odeiam que se “fungue” – juro que isto é uma questão (kkkk). Você pode assoar o quanto quiser o nariz na frente de quem quiser ou onde estiver na Alemanha, mas não puxe o que está no nariz para dentro, eles acham muito nojento (eles até têm razão, né?!).
  3. Os alemães têm pânico de vento encanado – na verdade descobri que isso é uma questão para os franceses também. Eles juram de pé junto, que o vento encanado é que deixa todo mundo resfriado – conclusão – às vezes está super quente no vagão do trem, mas a janela está fechada – culpa do vento encanado.
  4. Os alemães costumam ser bem diretos e não têm problemas de falar o que pensam. Este ponto eu acho uma das coisas mais incríveis que existe. Trabalhar com os alemães costuma ser muito mais fácil, porque eles não perdem tempo tentando esconder o que está incomodando, eles literalmente botam o incômodo a trabalho. Não é uma questão de ego, o interesse é fazer funcionar, entendem?! Então, se algo está bom, eles te dizem, se algo não está, eles te dizem também. E todo mundo pode tomar uma cerveja depois, sem mágoas. Os brasileiros costumam achar esse jeito “direto” meio estranho, mas vale a pena dar uma chance, é eficaz que só …
  5. Marcar um compromisso com um alemão é como fazer um contrato – eles levam a palavra muito a sério. Não dá para falar um “a gente vê isso na semana que vem” sem isso ser verdade. Outro ponto que acho lindo : )
  6. Alemães são os seres mais incríveis com crianças. Tá, aqui é uma opinião pessoal, mas eu amo o jeito como os alemães interagem com as crianças mais novas, como as estruturas nos locais públicos na Alemanha são preparadas para que a criança possa se aventurar e descobrir novos mundos, ganhar autonomia e estar em segurança , tudo ao mesmo tempo.
    Os museus na Alemanha são verdadeiros parques de diversão infantil.
  7. Os alemães fazem tudo em casa e fora dela – não tem isso de alguém encher o tanque pra você no posto, parar o seu carro, ou montar o móvel da casa – cada um é responsável por suas coisas.
  8. Falando em montar coisas, os alemães têm um verbo para fazer atividades manuais, construir, etc – o “basteln”, na Alemanha, na Suíça e na Áustria é muito comum as crianças, mesmo as muito pequenas (3 anos), terem aula de marcenaria.
  9. Utilizar o “bitte” é necessário em alemão, é quase como se fosse uma vírgula (estou exagerando, mas eles usam o por favor muito mais do que os brasileiros).
  10. Todo alemão tem um sapato só para andar em casa. Você chega em casa, tira seus sapatos da rua (cheios de lama e neve) e coloca umas pantufas especiais para ficar com os pés quentinhos. Há inclusive pantufas para visitas! Os sapatos ficam em um armário perto da porta da rua.

E vocês, conhecem mais alguma particularidade da cultura alemã?

Bis bald!
Teresa