Luminária de mesa – Design de Marianne Brandt

Marianne Brandt | A melhor e mais genial Aluna

Marianne Brandt

Marianne Brandt, nascida em 1o de outubro em 1893, foi casada com o pintor norueguês Erick Brandt com quem viajava entre Noruega e França. Marianne estudou pintura antes de ingressar para a Bauhaus de Weimar em 1924. Foi pintora, escultora e designer de metal, criando objetos utilitários para casa, como chaleiras, e objetos para serviços de chás, projetos de luminárias. Durante 3 anos foi professora na Hochschule für Bildende Künste, em Dresden.

Demonstrando grandioso encorajamento, Brandt cursou a oficina de metal em um meio completamente dominado pelos homens. O professor László Moholy-Nagy rapidamente reconheceu seu talento único e a considerou a melhor e mais genial aluna. Em 1928, como forma de seu reconhecimento ofereceu a ela direção da oficina metalúrgica. Como de todas as outras mulheres, sua vida dentro da Bauhaus não foi nada fácil, havia muita pressão para que ela deixasse o cargo de diretora. Seu trabalho era considerado muito melhor do que o dos seus colegas homens, mas mesmo assim ela deixou o cargo da direção com apenas 1 ano de atividades.

Chaleira de prata – Design de Marianne Brandt

Dentro da oficina de metal, Marianne criou peças ícones e cheios de elegância, como jogos de café e chá, infusores de chá, com materiais caros, como prata e ébano.

O uso destes materiais era sempre criticado pela sociedade, porque iam na contramão dos preceitos da Bauhaus, que era criar peças inovadoras para facilitar o dia a dia do cidadão oferecidos à sociedade com preços justos e que pudessem ser produzidos em massa.

Marianne deixou a Bauhaus em 1929 quando aceitou o convite de Walter Gropius para trabalhar em seu escritório de arquitetura onde pôde contribuir em grandes projetos, como: o design de interiores do conjunto habitacional Dammerstock em Karlsruhe.

Foto de Marianne Brandt – https://mariannebrandt- gesellschaft.de/fotografie/

Na década de 70, no final de sua vida, Brandt recuperou sua veia de fotógrafa. Em sua juventude, ela já havia registrado as mulheres dentro e fora da Bauhaus. Ela foi considerada pioneira no uso da fotografia para realizar autorretratos e fotografar natureza morta de uma forma criativa e diferente. A fotografia foi parte importante na coleção artística da Bauhaus; entre 1927 e 1928 as fotografias tiradas por alunos, como: Lucia Moholy, Marianne Brandt, Lux Feininger, entre outros, ganharam exposições e grande visibilidade. Com isso, este tipo de material deixou de ser apenas documentos guardados passando a ser considerados uma nova forma de expressão artística. Marianne com seu talento e amor pela fotografia contribuiu para esta mudança de paradigma no mundo da fotografia.

Fontes consultadas:
1 http://www.tipografos.net/bauhaus/marianne-brandt.html
2 https://www.moma.org/collection/works/3752
3 https://umpostalparaumamigo.blogspot.com/2009/05/fotografia-na-bauhaus.html