Autor do Mês – Max Frisch
Max Frisch, o arquiteto das palavras.
O escritor homenageado no mês de maio de 2017 é Max Frisch, nascido em Zurique, Suíça, em 15 de maio de 1911 e falecido em 4 de abril de 1991 na mesma cidade.
Max Frisch foi arquiteto e escritor suíço do pós-guerra. Influenciado pelo existencialismo e por Brecht, Frisch escreveu obras essenciais durante as décadas de 1950 e 1960. Livros como Não sou Stiller (1954), Homo Faber (1957) e Mein Name sei Gantenbein (1964) exploram problemas como a alienação e identidade na sociedade moderna. Homo Faber é um dos romances mais importantes de Frisch, e trata da identidade pessoal posta em questão e da resistência do indivíduo contra uma sociedade mecanizada.
Após a morte do pai, em 1932, Frisch abandonou o curso de filologia germânica e começou a trabalhar como jornalista para o Neue Zürcher Zeitung, um dos principais jornais suíços. Em 1942, ganhou o concurso para a construção de uma piscina pública no centro de Zurique, projeto Letzigraben rebatizada agora de “Max Frisch-Bad”.
“Eu escrevo para os leitores.“[1] Mesmo escrevendo para o leitor, Frisch acreditava que algumas das suas experiências tinham que ser registradas, mas deveriam ser lidas na privacidade de sua vida. A produção literária de Frisch possui um cunho autobiográfico, pois a base temática é o conhecimento do “eu”. Durante sua extensa carreira ele escreveu dezenas de obras, entre peças teatrais, ensaios, diários e romances ganhou os principais prêmios literários da Alemanha. Frisch é considerado um dos mais influentes escritores suíços do século 20.
Claro que eu sei que tenho leitores há alguns anos e até já os vi, mas não acho que andamos no mesmo ônibus. [2]
Max Frisch, Montauk, 1975.
Em 1991, o diretor de cinema Volker Schlöndorff levou a obra de Frisch Homo Faber para os cinemas, intitulado “O Viajante”. Walter Faber, personagem principal da trama sobrevive a um acidente de avião, desde então, decide viajar apenas de navio. Nesta viagem, ele conhece uma linda e jovem mulher pela qual nutre uma paixão que ele achava não ser mais capaz de sentir. Bastante metódico Faber muda seu destino antes racional em algo imprevisível e impiedoso.
Em março de 2012, esteve em cartaz a exposição 100 anos Max Frisch[3] na Academia das Artes de Berlim. Uma exposição multimídia e interativa com som e imagem onde relembrava o trabalho e a personalidade do escritor, apresentando trechos inéditos de sua obra, como trechos dos diários escritos no período em que ele viveu em Berlim.
Dicas de leitura:
- Don Juan oder die Liebe zur Geometrie: Komödie in fünf Akten, 1973
- Biedermann und die Brandstifter. Ein Lehrstück ohne Lehre, 1973
- Dienstbüchlein, 1974
- Mein Name sei Gantenbein: Roman, 1975
- Montauk: Eine Erzählung, 1975
- Homo Faber, tradução para o português de Herbert Caro, 1986
- A muralha chinesa, tradução Goethe Curitiba, 1968
- Stiller: Roman, 1974
- Stich-Worte, 1975
- A muralha da china e Biedermann e os incendiários, tradução de Irene Issel e Jorge de Macedo
- Tagebuch 1946 – 1949, 1950
- Stiller, tradução para o português de Irene Aron
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Abraços! 🙂
Aninha, Bibliotecária Goethe-Zentrum Brasília
Fontes consultadas:
[1] [2] Swissinfo.ch
[3] Deutsche Welle