Até os maus livros são livros, e, portanto, sagrados.

Günter Grass (16 de outubro de 1927 – 13 de abril de 2015)

O homenageado no mês de outubro de 2017 é o artista plástico, romancista, dramaturgo e poeta intelectual Günter Grass. Grass estudou artes em Düsseldorf e também em Berlim, alternava literatura com escultura e artes gráficas e era conhecido como um dos principais representantes do “teatro do absurdo” da Alemanha. Sempre se manteve fiel à arte, criava as ilustrações das capas de seus livros. Ele faleceu em 2015 aos 87 anos na cidade de Lübeck, na Alemanha.

Sua estreia na literatura foi com “O Tambor” (Die Blechtrommel, 1959) obra duramente criticada e queimada em Düsseldorf por ter sido considerada pornográfica, contendo cenas “libertinas”. Um dos políticos de cultura do regime comunista, o escritor Hermann Kant, criticou a obra como um livro que “passa dos limites na imaginação do anormal e do monstruoso”[1]. Mais tarde tornou-se um best-seller da literatura mundial e considerada uma das obras literárias inesquecíveis do século 20. Em 1980 sob a direção de Volker Schlöndorff estreou nos cinemas alemães a adaptação da obra de Grass. “O Tambor” foi a primeira produção cinematográfica alemã do pós-guerra a conquistar um Oscar.

Em 1999 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra. Era considerado um dos mais importantes escritores contemporâneos e um dos principais do pós-Guerra na Alemanha. Sempre foi um escritor engajado politicamente e estava envolvido em debates intelectuais com temas atuais e temas históricos polêmicos. O comitê do Prêmio Nobel elogiou o autor por “ilustrar a face esquecida da História”.[2]

DICAS DE LEITURA
  • Unterwegs von Deutschland nach Deutschland: Tagebuch 1990. 2009.
  • Nas peles da cebola [Beim Häuten der Zwiebel], 2007. Tradução Marcelo Backes.
  • Beim Häuten der Zwiebel, 2. Auflage, 2006.
  • Im Krebsgang. Eine Novelle, 3. Auflage, 2002.
  • Ein weites Feld: Roman, 1999.
  • Fundsachen für Nichtleser, 1997.
  • Die Deutschen und ihre Dichter, 1995.
  • Unkenrufe: Eine Erzählung, 3. Aufalge, 1992.
  • Totes Holz: Ein Nachruf, 1990.
  • Anos de cão [Hundejahre], 1989. Tradução Lya Luft.
  • A ratazana [Die Rättin], 1986. Tradução de Carlos Abbenseth.
  • Die Rättin, 1986.
  • Die Blechtrommel: Roman, 1984.
  • O linguado [Der Butt], 1983. Tradução de Jehovanira Chrysóstomo de Souza.
  • Ach Butt, dein Märchen geht böse aus Gedichte und Radierungen, 2. Auflage, 1983.
  • Die bösen Köche. Ein Drama in fünf Akten, 1982.
  • Os plebeus ensaiam a revolta [Die Plebejer proben den Aufstand]. Caderno de Teatro Alemão, 1980. Tradução Fausto Wolf.
  • Kopfgeburten oder Die Deutschen sterben aus, 1980.
  • Das Treffen in Telgte: Eine Erzählung, 1979.
  • Katz und Maus. Eine Novelle, 13. Auflage, 1979.
  • Der Butt: Roman, 1977
  • Gato e rato [Katz und Maus], 1976. Tradução de Rachel Teixeira Valença.
  • Der Bürger und seine Stimme. Reden, Aufsätze, Kommentare, 1974.
  • Aus dem Tagebuch einer Schnecke, 1972.
  • Theaterspiele, 1970.
  • Gesammelte Gedichte, 1971.
  • Örtlich betäubt: Roman, 2. Auflage, 1969.
  • Hochwasser. Ein Stück in zwei Akten, 5. Auflage, 1969.
  • Hundejahre: Roman, 16. Auflage, 1963.
  • Gedichte, 1969.
DICA DE FILME
  • O tambor, direção de Volker Schlöndorff, 1979.

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Abraços!
Aninha, Bibliotecária Goethe-Zentrum Brasília

Ana Márcia-Bilbiotecária

Fontes consultadas:
[1]DW
[2] DW