SOB O SIGNO DA LIBERDADE

Sarau Literário no âmbito da Semana da Língua Alemã

A convidada do Goethe Brasília, Melanie Dietrich, especialista em literatura e livreira na Alemanha, lê em alemão trechos da obra “Sansibar oder der letzte Grund” de Alfred Andersch.

Em seguida acontece bate-papo (em alemão) com Melanie Dietrich, onde o público é convidado a refletir sobre o papel do indivíduo no contexto político-social atual, na Alemanha, no Brasil e em qualquer lugar.

Sansibar oder der letzte Grund

O romance é considerado tão atual hoje quanto no momento do seu lançamento, em 1957. O tema do livro é a autodeterminação do indivíduo em meio a pressões políticas e sociais: Na Alemanha nazista, cinco pessoas, todas elas adversárias “dos outros” – como os nazistas são chamados no livro, – se veem confrontadas com a questão de saber até que ponto os seus sonhos poderão sobreviver diante do regime fascista. Seus caminhos convergem graças à ação do “personagem principal secreto” do livro: o “aluno de convento que lê”, uma escultura em madeira de uma igreja que incomoda muito “os outros” por representar a atividade representada: a da leitura independente, crítica e que está destinada à destruição justamente por esse motivo. Será que as cinco pessoas conseguirão salvar a escultura? E o que acontecerá aos seus sonhos?

 

Melanie Dietrich

Nascida em Colônia (Alemanha) em 1974, estudou Letras (Holandês e Alemão) e Etnologia nas Universidades de Colônia e Leiden (Países Baixos), com foco na ciência literária, nos estudos medievais e na teoria literária pós-colonial. Também tem formação como livreira, pedagoga literária e promotora da leitura. Tem especial interesse na interface entre a leitura e a vida (pesquisa dos efeitos da leitura). Ama conversar com outras pessoas sobre obras literárias e dar vida a essas obras mediante apresentações e eventos de leitura. Com a sua família, vivem perto de Colônia (Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha).

Quando interpretado como uma parábola onde são colocados valores tais como liberdade interior e exterior, resistência, coragem versus medo, incorruptibilidade, “Sansibar” se torna um livro atemporal.