Festa Zeitgeist: Noite no Museu
Sexta-feira, 16/09/2016,  de 21h a 3h
CCBB-Brasília
INGRESSO: INTEIRA R$40|MEIA R$20

Festa Zeitgeist – Noite no Museu traz ao CCBB Brasília o underground eletrônico dos clubes de Berlim, performances e projeções.
Com curadoria musical da MADRE™, a festa traz também as performances de música eletrônica do CÃO; Não, do artista Maurício Ianês; e DNA de DAN, do artista Maikon K. Com a presença de food trucks.
A exposição Zeitgeist – Arte da Nova Berlim vai estar aberta para visitação até meia noite.
Line up de música eletrônica, performances, e a ação audiovisual 3D do VJ Vigas, com óculos especiais.

EXPOSIÇÃO
ZEITGEIST-ARTE DA NOVA BERLIM

A exposição “Zeitgeist: Arte da nova Berlim”, com curadoria de Alfons Hug, apresenta o que há de mais criativo e estimulante na cena artística de Berlim, traduzindo o espírito de uma época marcada por contradições e reinvenções, e traz 29 artistas, entre eles alguns dos nomes mais destacados da arte contemporânea.

Os gêneros representados vão desde a pintura, cuja longa tradição em Berlim remonta ao expressionismo, passando pela fotografia, videoarte e performances, chegando até as instalações. Muitas obras serão desenvolvidas in loco e de maneira site specific para o CCBB. Também estarão representados os clubs berlinenses, mundialmente conhecidos, bastando citar o lendário Techno Club Berghain.

Artistas:

Franz Ackermann, Norbert Bisky, Julius von Bismarck, Mark Brandenburg, Marcel Dettmann, Martin Eberle, Thomas Florschütz, Mark Formanek, Cyprien Gaillard, Christian Jankowski, Sergej Jensen, Kitty Kraus, Marcellvs L, Sven Marquardt, Friederike von Rauch, Thomas Rentmeister, Reynold Reynolds, Julian Rosefeldt, Thomas Scheibitz, Frank Thiel, Michael Wesely, Tobias Zielony

Temas:

  1. Tempo que corre e tempo estagnado
  2. A ruína como categoria estética
  3. Eterna construção e demolição
  4. O vazio e o provisório
  5. Hedonismo cruel
  6. Novos mapas e os outros modernos

Programação:

27/7 a 12/10 – 9h: Abertura ao público
local: CCBB-Brasília
4ª a 2ª – 9h às 21h

30 e 31/7 – 9h às 21h: Performance Standard Time
local: Praça, CCBB-Brasília

1/8 – 20h: Conversa com o artista Sven Marquardt e o curador Alfons Hug
local: Teatro I, CCBB-Brasília

Festa Zeitgeist – Espírito do tempo
5uinto + performance Temporary Tattoo Edition, de Marc Brandenburg e Standard Time, de Mark Formanek
19/08 – 21h às 3h

Noite no Museu com Zeitgeist
line up de música eletrônica, performances, e a ação audiovisual 3D do VJ Vigas, e para isso teremos óculos especiais.
A exposição também estará aberta para visitação até às 00h.
Performances de Maurício Ianês, CÃO e Maikon K
16/10 – 21h às 3h

Festa Zeitgeist – nome ainda a ser definido
Programação de DJs + DJs crianças ainda a ser definida
Performance Standard Time
12/10 – horário ainda a ser definido

Contexto histórico:

Após ter sido palco de acontecimentos dramáticos que lhe deixaram profundas feridas no século XX – duas guerras mundiais, a Guerra Fria, a divisão em duas partes –, Berlim, a capital da Alemanha, reergueu-se das cinzas como uma fênix depois da queda do muro. A vida improvisada que, nos anos 90, se caracterizava por insondáveis relações de propriedade foi se adensando até formar o Zeitgeist que hoje projeta sua influência para muito além da Europa Central, atraindo artistas do mundo todo com seu magnetismo.

Embora, às vezes, pareça ser um pouco provinciana comparada a Nova Iorque, Londres e Paris, a imagem da cidade nunca foi prejudicada. Isso faz com que seja menos suscetível à dominação do mercado de arte e aos excessos da especulação, se bem que, até mesmo em Berlim, os primeiros sinais de gentrificação já se façam notar.

O custo de vida que, em relação a outras metrópoles, ainda é relativamente razoável, beneficiando a vinda de artistas e outros profissionais talentosos, é um segredo que já se tornou público.

Berlim é “pobre, mas sexy”, segundo um comentário espirituoso atribuído ao ex-prefeito da cidade.

Outra vantagem que se fez sentir, principalmente na zona leste da cidade, é que a desindustrialização ocasionada pela Guerra Fria levou à profusa desocupação de imóveis de baixo custo, liberando-os para serem transformados em ateliês pelos artistas.

Nem mesmo o tom um pouco áspero dos berlinenses e seu famigerado mau humor foram capazes de intimidar a nova boemia que pode trabalhar na cidade livre de tabus e cultivar uma simpática modéstia.

A ausência de uma “corte” cultural que, em outras capitais da Europa, paralisa a criação artística com sua etiqueta e normas não escritas também tem um efeito positivo, assim como a falta de nacionalismo. Por isso não surpreende que, na exposição panorâmica “Based in Berlin” (2010), mais da metade dos artistas participantes era composta de estrangeiros que vivem em Berlim. Também o crossover para outras disciplinas, como filosofia, literatura, sociologia, a música contemporânea, o teatro e o cinema e até mesmo a subcultura dos clubs, fertiliza a cena artística da cidade.

A Segunda Guerra Mundial e a Reconstrução fizeram da cidade uma verdadeira colcha de retalhos, cheia de fragmentos divididos entre a maldição da memória e as experimentações rumo ao século XXI. Berlim abriga tanta história e tantas utopias fracassadas que pode ser considerada a mais pura cidade pós-moderna. A um só tempo, está em vias de tornar-se o ponto de interseção entre Ocidente e Oriente e voltar a ocupar a posição central na Europa que já detinha no início do século XX.