{"id":6720,"date":"2016-11-24T10:05:25","date_gmt":"2016-11-24T13:05:25","guid":{"rendered":"http:\/\/157.245.141.11\/site\/de\/?p=6720"},"modified":"2017-08-07T11:05:41","modified_gmt":"2017-08-07T14:05:41","slug":"desmistificando-o-alemao-xii-o-walkie-talkie","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/blog\/desmistificando-o-alemao-xii-o-walkie-talkie\/","title":{"rendered":"Desmistificando o Alem\u00e3o XII – O walkie-talkie"},"content":{"rendered":"
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O tema de hoje surgiu de uma conversa na biblioteca<\/a> do Goethe-Zentrum Bras\u00edlia, com a nossa querida Aninha (ela entende de tudo de livros e cuida super bem da nossa biblioteca!). Ela me contou que v\u00e1rios alunos procuravam as transcri\u00e7\u00f5es de \u00e1udio do livro did\u00e1tico, mas n\u00e3o sabiam onde encontrar.<\/p>\n Fiquei curiosa, mostrei onde estavam (todo site de livro did\u00e1tico tem a aba do professor, l\u00e1 voc\u00eas sempre encontram as transcri\u00e7\u00f5es do \u00e1udio), mas perguntei o que os alunos queriam fazer com isso\u2026. Ela me disse que era pra treinar a compreens\u00e3o dos \u00e1udios. Milhares de alunos pediam esse material pra ela todos os anos e ela n\u00e3o entendia porque os professores n\u00e3o disponibilizavam isso. Esses professores, tsc., tsc…<\/p>\n Se voc\u00ea \u00e9 desses que achava que essa era a melhor forma de aprimorar a compreens\u00e3o oral, infelizmente vou ter que discordar em grande parte. N\u00e3o posso falar por todos os professores, mas vou explicar porque eu n\u00e3o estimulo meus alunos a fazerem isso.<\/p>\n V\u00e1rios estudantes de alem\u00e3o padecem com os \u00e1udios ou ao encontrar um alem\u00e3o in loco. Por vezes tem barulho demais na grava\u00e7\u00e3o (isso \u00e9 feito com um prop\u00f3sito, mas voltamos a isso mais tarde), ou as pessoas falam alto demais, com um certo sotaque estranho, ou elas usam v\u00e1rias palavras que voc\u00ea desconhece e fica achando que n\u00e3o est\u00e1 entendendo nada.<\/p>\n A\u00ed voc\u00ea acha que tendo o texto escrito voc\u00ea vai poder entender tudo o que est\u00e1 sendo dito, e assim vai arrasar na pr\u00f3xima prova. Sim e n\u00e3o. Por qu\u00ea?<\/p>\n Com as transcri\u00e7\u00f5es voc\u00ea pode melhorar seu vocabul\u00e1rio, ver as express\u00f5es mais usadas, tirar d\u00favidas sobre pron\u00fancia (porque lendo e ouvindo \u00e0s vezes facilita), \u00e9 um bom treino, mas voc\u00ea n\u00e3o necessariamente vai saber se virar melhor nos treinos de \u00e1udio ou conversando com um alem\u00e3o.<\/p>\n A met\u00e1fora do walkie-talkie<\/strong><\/p>\n Um estudante de l\u00ednguas estrangeiras \u00e9 como um receptor de brinquedo daquele tipo walkie-talkie. N\u00e3o sei se esse aparelho caiu em desuso, mas era como um nextel com p\u00e9ssima recep\u00e7\u00e3o. A pessoa fala de um lado, voc\u00ea escuta umas palavras no meio de muito chiado e tenta depreender o sentido. Quando ela fala \u201cc\u00e2mbio\u201d terminou o assunto daquela chamada.<\/p>\n No n\u00edvel iniciante, os alunos t\u00eam um walkie-talkie cheio de chiado, ou seja, capturam uma palavra aqui e ali e s\u00e3o capazes de dizer do que se trata a conversa mais ou menos e qual a opini\u00e3o geral das pessoas. Os detalhes, as piadas e muitas nuances s\u00e3o apenas \u201cchiados\u201d na conversa.<\/p>\n J\u00e1 com os alunos do n\u00edvel intermedi\u00e1rio, o aparelho melhora – agora \u00e9 poss\u00edvel acompanhar mais a discuss\u00e3o, ficar impressionado com os termos que as pessoas usam para falar algo (mas n\u00e3o necessariamente elas saberiam reproduzir isso). J\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel discutir alguns temas fora do comum, e mesmo assim entender.<\/p>\n No n\u00edvel avan\u00e7ado, o chiado j\u00e1 \u00e9 quase irreconhec\u00edvel, o aluno e capaz de acompanhar mais as discuss\u00f5es, surgem algumas d\u00favidas, mas as coisas j\u00e1 s\u00e3o mais claras.<\/p>\n Esse chiado do walkie-talkie faz parte do desenvolvimento do aluno, o chiado corresponde ao que ele ainda n\u00e3o entende, n\u00e3o aprendeu ou n\u00e3o registrou. Porque n\u00e3o controlamos o que os outros nos dizem ou como nos dizem algo, muitas vezes nossas conversas v\u00eam repletas desses \u201cchiados\u201d. Compreendemos, no entanto, apesar disso. O mais importante da compreens\u00e3o oral \u00e9 ser capaz de ouvir palavras-chaves, acalmar o cora\u00e7\u00e3o, usar o bom senso e todo seu \u201cWeltwissen<\/a>\u201d (palavra linda, n\u00e9?!) Tentando depreender as informa\u00e7\u00f5es mais importantes que est\u00e3o sendo transmitidas. \u00c9 por isso que n\u00e3o acredito que as transcri\u00e7\u00f5es ajudam tanto, elas podem at\u00e9 atrapalhar. O aluno que acha que s\u00f3 vai entender o alem\u00e3o na hora que compreender palavra por palavra, se atrapalha na conversa. Porque na vida real tem cachorro latindo, sotaque, \u00f4nibus, gente que fala r\u00e1pido e n\u00e3o tem script. E a\u00ed eu volto a minha teoria de amaciar os ouvidos, se acostumar com a l\u00edngua, tirar um pouco da tens\u00e3o e se divertir mais.<\/p>\n Nos livros de exerc\u00edcios sempre tem exerc\u00edcios de \u00e1udio, na internet h\u00e1 um mundo\u2026 estudar vocabul\u00e1rio tamb\u00e9m ajuda\u2026<\/p>\n Fica a dica. Achou \u00fatil? Tem uma ideia para um texto?\u00a0 Manda pra gente!<\/p>\n Treinando a compreens\u00e3o oral – o walkie-talkie O tema de hoje surgiu de uma conversa na biblioteca do Goethe-Zentrum Bras\u00edlia, com a nossa querida Aninha (ela entende de tudo de livros e cuida super bem da nossa biblioteca!). Ela me contou que v\u00e1rios alunos procuravam as transcri\u00e7\u00f5es de \u00e1udio do livro did\u00e1tico, mas n\u00e3o sabiam […]<\/p>\n","protected":false},"author":9,"featured_media":6727,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false},"categories":[155],"tags":[],"acf":{"sidebar_banners":false,"sidebar_button_text":"","sidebar_button_link":"","sidebar_button_pos":"after","show_grade_table":[],"related_links_list":false,"related_files_list":false,"set_to_child":false,"slideshow_list":false},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6720"}],"collection":[{"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/users\/9"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=6720"}],"version-history":[{"count":10,"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6720\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":9124,"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6720\/revisions\/9124"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/media\/6727"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=6720"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=6720"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=6720"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}Bis bald! \ud83d\ude42<\/h4>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"