Hoje queria tentar apaziguar um pouco os cora\u00e7\u00f5es ansiosos\u2026 volta e meia eu vejo alunos angustiados por n\u00e3o estarem totalmente fluentes, esquecerem palavras, ficarem com a sensa\u00e7\u00e3o que n\u00e3o entenderam tudo, inseguros em rela\u00e7\u00e3o ao que acham que entenderam\u2026<\/p>\n
D\u00e1 um nervoso \u00e0s vezes, n\u00e3o \u00e9?!<\/p>\n
Quando eu cheguei na Fran\u00e7a, ficava frustrada por n\u00e3o conseguir me comunicar do jeito que eu queria, me faltava o vocabul\u00e1rio, a pron\u00fancia atrapalhava a comunica\u00e7\u00e3o. Normal se sentir angustiado…<\/p>\n
Mas e a\u00ed? Tem o que fazer?<\/p>\n
A resposta \u00e9 que sim! Apesar de tamb\u00e9m me sentir frustrada de vez em quando, o fato de ser professora me ajudou a n\u00e3o ficar s\u00f3 na frustra\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 l\u00edngua. J\u00e1 falei em um outro texto sobre os n\u00edveis de conhecimento em alem\u00e3o (A1, A2, B1, B2, C1, C2), mas acho importante aprofundarmos um pouco mais o assunto.<\/p>\n
Ao inv\u00e9s de pensar no que voc\u00eas n\u00e3o conseguem falar, que tal pensar no que voc\u00eas j\u00e1 conseguem?! Parece uma coisa boba, mas faz toda a diferen\u00e7a se voc\u00ea reconhece o que j\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel fazer, mesmo se estiver em um n\u00edvel bem b\u00e1sico. Ter no\u00e7\u00e3o do que j\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel fazer auxilia na hora da ang\u00fastia e d\u00e1 aquele g\u00e1s para querer continuar os estudos.<\/p>\n
No A1<\/strong>, as pessoas j\u00e1 conseguem se apresentar e perguntar coisas b\u00e1sicas sobre seu interlocutor – \u00e9 muito bacana pensar que neste n\u00edvel, os estudantes sa\u00edram de n\u00e3o fazer ideia do que os outros est\u00e3o falando na l\u00edngua estrangeira, para come\u00e7ar um papo. J\u00e1 d\u00e1 pra perguntar a dire\u00e7\u00e3o, o que tem na cidade, falar como foi o dia anterior e os planos para a semana seguinte. N\u00e3o \u00e9 m\u00e1gico?!<\/p>\n No A2<\/strong> as explica\u00e7\u00f5es e as frases ficam mais complexas, os alunos j\u00e1 come\u00e7am a usar as conjun\u00e7\u00f5es, aprofundam o vocabul\u00e1rio, j\u00e1 podem falar de sonhos, projetos\u2026<\/p>\n No B1<\/strong> vem uma enxurrada de vocabul\u00e1rio, mas ser\u00e1 ele o respons\u00e1vel por dar uma sensa\u00e7\u00e3o de j\u00e1 come\u00e7ar a se expressar \u201cdo jeito que a gente quer\u201d. O B1<\/strong> \u00e9 um n\u00edvel de escalada da montanha, mas a vista l\u00e1 de cima vale a pena! Os alunos conseguem usar mais conjun\u00e7\u00f5es, aprendem mais estruturas, come\u00e7am a sair do b\u00e1sico.<\/p>\n No B2<\/strong> os alunos realmente v\u00e3o sair do b\u00e1sico, o vocabul\u00e1rio vai ficando mais complexo, ler livros vai ser uma parte bem importante e muito legal do processo (lembrando que livros s\u00e3o maravilhosos desde o A1, ok?! Mas o B2 j\u00e1 tem mais op\u00e7\u00f5es\u2026)<\/p>\n O C1<\/strong> \u00e9 o n\u00edvel de alem\u00e3o universit\u00e1rio, nele voc\u00eas utilizam bem as estruturas e j\u00e1 n\u00e3o precisam pensar muito para falar\u2026 quase um jedi.<\/p>\n O C2<\/strong> \u00e9 o jedi ; )<\/p>\n Importante lembrar que n\u00e3o importa o n\u00edvel, tem dia que vai ser mais f\u00e1cil falar do que outros. Tem dia que o vocabul\u00e1rio vai vir todo na hora certa e tem dia que a gente n\u00e3o sabe nem o pr\u00f3prio nome.<\/p>\n O cansa\u00e7o, falta de sono e estresse sempre influenciam no jeito que a gente fala- isso \u00e9 normal, at\u00e9 na l\u00edngua materna! Imagine em uma l\u00edngua estrangeira?!<\/p>\n<\/blockquote>\n Cada n\u00edvel \u00e9 como andar de bicicleta- voc\u00ea come\u00e7a com os pais segurando e duas rodinhas para bicicleta n\u00e3o tombar, depois tira uma rodinha, a outra, depois os pais largam a bicicleta e voil\u00e0<\/em>! Cada n\u00edvel tem uma necessidade de apoio e suporte para poder avan\u00e7ar – isso \u00e9 normal (fa\u00e7am as coisas com consulta, pesquisem, memorizem as frases chave, etc)<\/p>\n A cobran\u00e7a e o estresse n\u00e3o ajudam no processo de aprendizagem. Respirem fundo, se a ang\u00fastia vier, reconhe\u00e7am de onde ela vem: Se levem menos a s\u00e9rio\u2026 rir no processo pode dar o f\u00f4lego necess\u00e1rio para continuar\u2026<\/p><\/blockquote>\n <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Hallo Leute! Hoje queria tentar apaziguar um pouco os cora\u00e7\u00f5es ansiosos\u2026 volta e meia eu vejo alunos angustiados por n\u00e3o estarem totalmente fluentes, esquecerem palavras, ficarem com a sensa\u00e7\u00e3o que n\u00e3o entenderam tudo, inseguros em rela\u00e7\u00e3o ao que acham que entenderam\u2026 D\u00e1 um nervoso \u00e0s vezes, n\u00e3o \u00e9?! 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\no tema \u00e9 familiar? (Eu tive que falar sobre um vazamento em um cano com franc\u00eas A1, rs- consegui, e tive ataques de riso no processo) Estou me arriscando em um assunto novo? Normal se atrapalhar, falar devagar\u2026 pensem nisso como um desbravador de florestas\u2026 voc\u00eas est\u00e3o pisando em terreno desconhecido.<\/p>\nAt\u00e9 a pr\u00f3xima!
\nTeresa<\/h4>\nFoto: Colourbox.de<\/h5>\n