{"id":10929,"date":"2018-02-06T10:08:38","date_gmt":"2018-02-06T13:08:38","guid":{"rendered":"http:\/\/157.245.141.11\/site\/?p=10929"},"modified":"2019-05-08T14:47:39","modified_gmt":"2019-05-08T17:47:39","slug":"ferramentas-linguisticas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/goethebrasilia.org.br\/de\/blog\/ferramentas-linguisticas\/","title":{"rendered":"Ferramentas Lingu\u00edsticas"},"content":{"rendered":"

Hallo, Leute! \ud83d\ude42<\/h4>\n

Hoje queria retomar um pouco um tema importante, principalmente para o \u00ednicio do semestre: as frases chaves, a repeti\u00e7\u00e3o e as ferramentas lingu\u00edsticas.<\/p>\n

Algumas vezes a gente se atrapalha para se comunicar em outra l\u00edngua, n\u00e3o \u00e9 mesmo? Est\u00e1 l\u00e1 no meio de um papo, super empolgado, e a\u00ed … puffff! Faltam as palavras, a estrutura, e a gente fica com cara de tacho, brigando com o c\u00e9rebro pra falar o que quer. Ou ent\u00e3o, se n\u00e3o tem tanta familiaridade com a l\u00edngua, quer dizer algo simples, b\u00e1sico, mas n\u00e3o sai, n\u00e3o conhece as palavras que quer, fica mudo olhando pro ar, brigando com o c\u00e9rebro para falar o que quer. Na hora da prova oral, a mesma coisa \u2026 a briga com o c\u00e9rebro para falar o que quer …<\/p>\n

\"\"<\/a>Ent\u00e3o, aqui vai a minha dica de hoje, parem de brigar com o c\u00e9rebro \u201cpra falar o que quer\u201d. Porque muitas vezes, a briga com o c\u00e9rebro \u00e9 apenas em decorr\u00eancia da estrutura daquela l\u00edngua ser diferente – n\u00e3o se fala assim, simplesmente!<\/p>\n

Vou dar um exemplo aqui meio r\u00eddiculo – n\u00e3o se fala em alem\u00e3o \u201ceu vou ao bebedouro rapidinho\u201d – lembrei disso, porque um amigo alem\u00e3o achou muito engra\u00e7ado que a gente falava assim – em alem\u00e3o voc\u00ea diria que vai beber \u00e1gua, ou que j\u00e1 volta, que est\u00e1 com sede – mas n\u00e3o que vai ao bebedouro. Alem\u00e3o tamb\u00e9m n\u00e3o usa diminutivo que nem a gente – n\u00e3o \u00e9 comum falar – Paulinha, Rafinha, Dudinha, menininho, cachorrinho, rapidinho \u2026 isso \u00e9 coisa de brasileiro.<\/p>\n

Outro exemplo engra\u00e7ado \u00e9 que cotidianamente n\u00f3s brasileiros comunicamos ao nosso interlocutor que a gente vai tomar banho (reparem, todo mundo faz isso). \u201cVamos sair?\u201d \u201cSim, me d\u00e1 10 minutos, vou tomar um banho e a gente vai\u201d (soou familiar?) – na Alemanha voc\u00ea iria marcar um hor\u00e1rio e dificilmente iria marcar algo em cima da hora \u2026 simplesmente, n\u00e3o se fala assim, n\u00e3o se age assim\u2026<\/p>\n

Quando a gente aprende uma l\u00edngua estrangeira, tenta aprender o \u201cjeito que se fala as coisas\u201d e n\u00e3o s\u00f3 estruturas gramaticais e vocabul\u00e1rio, mas tamb\u00e9m o modo como aquela cultura \u201ccostura as palavras\u201d.<\/p><\/blockquote>\n

Imaginem que cada cultura \u00e9 um alfaiate, eles podem at\u00e9 ter as mesmas cores de linha, uma tesoura, um lugar de trabalho parecido, tecidos, mas o modo como cada alfaiate costura \u00e9 \u00fanico (mas muitas vezes similar). Assim s\u00e3o as l\u00ednguas estrangeiras.<\/p>\n

Mas Teresa, o que fazer se eu s\u00f3 sei \u201cbrigar com o c\u00e9rebro\u201d pra tentar dizer o que eu quero???<\/p>\n

Aqui algumas dicas para facilitar a vida:<\/p>\n